Cecília Donata Silva de Oliveira

Poucos estudos foram conduzidos de modo que possibilitassem produtores quantificar perdas que ocorrem durante a ensilagem, surgindo assim a necessidade de que metodologias fossem desenvolvidas para atender produtores e técnicos a nível prático. 

Especialistas e fazendeiros, são instruídos a quantificar apenas perdas provenientes de aspectos visuais, o que pode negligenciar o custo real de produção, perdas nutritivas, qualidade da silagem e resposta do animal. Além das perdas visuais, perdas físicas e químicas podem ocorrer. 

Normalmente as perdas visuais são aquelas caracterizadas pela porção descartada durante o desabastecimento da estrutura de armazenamento. Entretanto, as perdas químicas divergem das visuais, elas são associadas a perda de matéria seca que se relaciona com perdas de nutrientes digestíveis, o menor teor de matéria seca pode restringir o desempenho animal através da  limitação de consumo de matéria seca (CMS) ou menor digestibilidade da silagem. 

Estudos conduzidos por NEUMANN (2007), onde avaliou-se  mensurar qual efeito do tamanho de partícula e altura de colheita das plantas de milho, sobre perdas decorrentes do processo fermentativo, aliado a período de uso das silagens e estrato de silo, aponta que as perdas físicas visuais são menos importante comparado a perdas químicas, onde foi obtido os seguintes resultados:

*Perdas físicas visuais representaram apenas 2,1%.

As perdas do material ensilado podem ser mensurada via desaparecimento de matéria seca. Mediante a tal fato, NEUMANN (2007) adotou uma metodologia que torna possível determinar perdas de nutrientes na silagem.  Ela consiste em adoção de um saco de náilon com poros, colocados no perfil do silo (parte superior e inferior), é necessário anotar o peso do saco vazio; posteriormente abastecer o saco com certa quantidade de matéria verde de peso conhecido, ela representativa de toda a massa ensilada, vedar o saco e alocá-los no perfil do silo. Durante o desabastecimento do silo, em determinado momento os sacos serão encontrados, eles, deverão ser pesados. O material contido nos sacos podem ser encaminhadas a um laboratório, onde será determinado o teor de matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro do alimento. Realizar uma relação entre a amostra original e o resgatado na forma de silagem, quanto ao teor de MS associado a concentração de nutrientes, possibilita quantificar as perdas de nutrientes vindas do processo. 

Referências:

NEUMANN. MIKAEL PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO DE ALTA QUALIDADE. Eng. Agr., Dr., Prof. do Curso de Mestrado em Agronomia na Área de Produção Vegetal da UNICENTRO-PR. Última atualização em fevereiro de 2011.